Dúvidas não há quanto a necessidade de se fazer alguma reforma da previdência.

As pessoas vivem mais graças aos avanços da Medicina.

Sucede que  a reforma propalada pelo Governo  está matando o Brasil e se aprovada provocará um estrago sem precedentes, tal qual quimioterapia mal aplicada.

Da fato, a  economia brasileira só piorou  desde que o tema começou a circular, como assombração.

E a razão é simples: insegurança da população.

Quem estava próximo de se aposentar deixou de consumir.

Tudo porque, se aprovada a reforma, terão que economizar  aquilo que não economizarem em seus anos de serviço, acreditando no sistema previdenciário então vigente.

Por outro lado, os já aposentados estão em pânico com a propaganda massiva do Governo dizendo que faltará dinheiro para o pagamento de pensões e aposentadorias.

O consumo desabou.Quem compraria um imóvel diante desse cenário?

Mesmo se aprovada a reforma como posta, o paciente entrará em coma por muitos anos. Isso se não vier a falecer dentro do caos.

Isso porque os que já estavam no mercado, e que nunca economizaram o suficiente, se verão compelidos a economizar diante das novas regras, fazendo despencar o consumo.

Uma coisa é economizar durante 35 anos, outra é ter que reunir o mesmo valor em 10 anos.

E se não há consumo, também não existe investimento por parte dos empresários. São faces da mesma moeda,como se costuma dizer em Direito.

Outro aspecto que os economistas de plantão não querem enxergar é que a reforma atinge muitos trabalhadores já submetido a regras de transição constitucionais. Alguns estão na terceira regra de transição!

É como uma corrida de obstáculos onde os corredores nunca conseguem chegar ao fim, pois de 1000 metros, se passa para 1500 metros , 2000 metros e assim sucessivamente.

Como a Suprema Corte irá apreciar este particular é um enigma.

Afinal parece que ofende a segurança jurídica alterar o regime jurídico  daqueles já submetidos a regras de transição.

Isso provoca mais insegurança.

Nesse contexto, melhor seria o Governo deixar de aplicar a reforma para aqueles a 10 anos da aposentadoria e criar uma Contribuição Social Provisória de Equilíbrio Previdenciário a ser cobrada de aposentados e pensionistas e de todos aqueles que se aposentassem de acordo com as antigas regras, durante um prazo de 10 anos.

Se a União gasta 763 bilhões por ano com aposentadoria e pensões de trabalhadores do setor privado, servidores públicos e militares, a instituição de uma alíquota de 9% acarretaria, grosso modo, numa economia de 800 bilhões, muito próximo dos R$ 1,16 trilhão pretendidos pelo Governo.

A alíquota poderia ser maior, ainda, para os pensionistas que recebem pensão há mais de 30 anos, digamos,pois aí é nítida a existência de algum desvirtuamento.

A proposta divide entre todos, ativos e aposentados, o peso da reforma.

Parece o remédio mais adequado para o país.